O agente de futebol Miguel Pinho, representante de jogadores como Bruno Fernandes e Gonçalo Inácio, foi formalmente acusado pelo Ministério Público de Portugal por corrupção ativa agravada. A denúncia alega que Pinho tentou subornar um atleta profissional com o objetivo de manipular o resultado de uma partida da temporada 2015/16 da Liga Portugal.
Segundo o MP, o agente teria abordado o jogador em 2016, oferecendo uma recompensa financeira de 30 mil euros para que ele entregasse um desempenho propositalmente abaixo do esperado, prejudicando sua equipe e beneficiando o adversário em um confronto decisivo da competição nacional. A acusação se baseia no regime de responsabilidade penal por comportamentos antidesportivos.
Ministério Público solicita penas e perdas financeiras
No comunicado oficial, o Ministério Público informou ainda que solicitou:
-
A proibição provisória do exercício da profissão de agente esportivo;
-
A perda de bens e vantagens no valor de 30 mil euros, quantia correspondente à suposta promessa feita ao jogador.
Denúncia partiu de ex-atacante Edgar Costa
O caso ganhou notoriedade em janeiro de 2023, quando o jornal português Expresso revelou que a denúncia partiu do ex-atacante Edgar Costa, que à época defendia o Marítimo. Segundo ele, a proposta ocorreu dias antes do jogo contra o Benfica, válido pela penúltima rodada da Liga 2015/16. O confronto terminou com vitória do Benfica por 2 a 0, fora de casa, resultado que foi fundamental para a conquista do título.
De acordo com a acusação, a proposta foi feita por Miguel Pinho e seu pai, Luís Miguel Pinho, entre os dias 6 e 7 de maio de 2016, com a promessa de que bastaria “jogar mal e não marcar gols”. Além do valor em dinheiro, os empresários teriam oferecido um contrato mais lucrativo com outro clube. Edgar Costa teria recusado a proposta de imediato, e o caso foi posteriormente investigado com base em provas extraídas dos e-mails do Benfica.
