O volante Damián Bobadilla, do São Paulo FC, foi indiciado por injúria racial pela Polícia Civil de São Paulo, em decorrência de um episódio ocorrido durante a partida contra o Talleres (Argentina) pela fase de grupos da Libertadores 2025.
A investigação foi conduzida pela Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) e concluiu que Bobadilla ofendeu o jogador Miguel Navarro, do Talleres, com termos de cunho discriminatório.
Delegado confirma veracidade da denúncia feita por Miguel Navarro
Segundo o delegado Rodrigo Correa Baptista, responsável pelo caso, a versão apresentada pelo atleta venezuelano foi confirmada por outras testemunhas — em sua maioria, jogadores do Talleres.
“A versão da vítima é corroborada por outras testemunhas. Ele [Bobadilla] não apresentou ninguém que pudesse afastar a credibilidade dessas declarações”, afirmou o delegado em entrevista à TV Globo.
A denúncia aponta que Bobadilla teria usado a expressão “venezuelano morto de fome” durante o confronto. Mesmo tendo negado a acusação em depoimento prestado nesta quarta, o jogador foi formalmente indiciado por injúria racial, já que, segundo a polícia, sua negativa não compromete o andamento das investigações.
Inquérito será encaminhado ao Ministério Público
Com a conclusão do inquérito, a próxima etapa será o envio do caso ao Poder Judiciário. O Ministério Público poderá então avaliar os autos e, se considerar adequado, oferecer denúncia criminal contra Damián Bobadilla, dando início a um processo judicial por injúria racial no futebol.
O São Paulo FC ainda não se manifestou oficialmente sobre o indiciamento do atleta, que continua integrando o elenco enquanto o caso segue em tramitação.