O Ministério Público da Argentina indiciou Rodrigo Garro, meia do Corinthians, por homicídio culposo (sem intenção de matar) após o jogador prestar novo depoimento neste domingo (5). O indiciamento ocorre em decorrência de um acidente automobilístico ocorrido no sábado (4), na província de La Pampa, que resultou na morte do motociclista Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos.
Apesar do indiciamento, Garro está autorizado a retornar ao Brasil e se reapresentar ao Corinthians na próxima terça-feira (7), no CT Joaquim Grava. O MP argentino não estabeleceu restrições de deslocamento ao jogador enquanto ele aguarda o julgamento, mas determinou que o atleta está proibido de dirigir qualquer veículo até o fim do processo.
O indiciamento se baseia no artigo 84b do Código Penal da Argentina, que penaliza mortes causadas por “condução imprudente, negligente ou antirregulamentar de um veículo motorizado”. Caso seja considerado culpado, Garro pode enfrentar uma pena de dois a cinco anos de prisão, além de ficar de cinco a dez anos sem a habilitação para dirigir.
O acidente aconteceu na madrugada de sábado, às 2h45, na cidade de General Pico. Garro dirigia uma Dodge RAM, enquanto Chiaraviglio conduzia uma motocicleta Guerrero Trip 110. Imagens do local mostraram danos na lateral da caminhonete, próximos à roda dianteira direita. O teste de bafômetro de Garro indicou a presença de álcool no sangue, mas abaixo de 1g por litro, o que descarta agravantes no caso.
O Corinthians acompanha o desenrolar das investigações. Representantes do clube, como o executivo de futebol Fabinho Soldado e o diretor de negócios jurídicos Vinicius Cascone, mantêm contato com os advogados e familiares do jogador. Em nota oficial divulgada no sábado, o clube afirmou: “O Corinthians acompanha as investigações e aguardará a conclusão delas para voltar a falar sobre o caso.”
