A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, manifestou-se publicamente sobre o caso de racismo sofrido pelo atacante Luighi, durante a vitória por 3 a 0 sobre o Cerro Porteño, pela Copa Libertadores Sub-20.
Diante do episódio, Leila afirmou que pedirá a exclusão do clube paraguaio da competição e criticou a postura do árbitro, que não seguiu o protocolo da FIFA para casos de racismo.
Leila Pereira exige punição ao Cerro e critica Conmebol
Em sua declaração, Leila reforçou a indignação com a recorrência dos ataques racistas vindos de torcedores do Cerro Porteño contra jogadores e torcedores do Palmeiras.
“O árbitro não cumpriu com uma determinação da FIFA. Vamos requisitar a exclusão do Cerro Porteño da competição, porque não é a primeira vez que esse clube ataca nossos atletas e torcedores”, afirmou a presidente do Palmeiras.
O histórico de incidentes envolvendo o clube paraguaio reforça a gravidade do caso. Em 2022, torcedores do Cerro imitavam macacos para a torcida do Palmeiras. No ano seguinte, atletas alviverdes foram chamados de macacos, o que gerou revolta de Bruno Tabata. O jogador reagiu, mas acabou suspenso pela Conmebol.
Além de exigir punições severas, Leila cobrou mais rigor da entidade sul-americana e afirmou que tentou contato com Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, mas não obteve resposta.
“A Conmebol está sendo muito displicente em relação a esses fatos. As medidas precisam ser duras e drásticas. Não só o Palmeiras, mas todos os clubes brasileiros devem agir. Somos hegemônicos na Libertadores e precisamos usar essa força nos bastidores para exigir regras pesadas”, declarou.
O caso de racismo contra Luighi
O episódio ocorreu na reta final da partida, quando um torcedor do Cerro Porteño imitou um macaco ao atacante Luighi, que deixava o campo chorando. No banco de reservas, o jogador não conteve a emoção e desabafou na entrevista oficial pós-jogo.
“Não, não. É sério isso? Você não vai perguntar sobre o ato de racismo que fizeram comigo? Até quando a gente vai passar por isso? O que fizeram comigo foi um crime. Você não vai perguntar isso? Vai perguntar sobre o jogo mesmo?”, questionou Luighi, visivelmente abalado.