O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, está sendo investigado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por suposta manipulação de resultados em apostas esportivas. A apuração teve início após indiciamento do jogador pela Polícia Federal (PF), em abril, sob suspeita de forçar a aplicação de um cartão amarelo durante uma partida do Campeonato Brasileiro de 2023, contra o Santos.
Segundo informações divulgadas pelo ge, três casas de apostas — Betano, GaleraBet e KTO — identificaram movimentações atípicas relacionadas a apostas de que Bruno Henrique receberia um cartão naquela partida. A investigação aponta que as apostas foram feitas por familiares e amigos do atleta.
Flamengo mantém Bruno Henrique em campo
Apesar da gravidade das suspeitas, não há pedido de suspensão provisória, e o Flamengo optou por manter o jogador à disposição, amparado pela presunção de inocência. Desde o indiciamento, o camisa 27 já entrou em campo seis vezes, sendo três como titular, sem registrar gols ou assistências no período.
STJD recebe provas e nomeia auditor para apuração
Na última segunda-feira (5 de maio de 2025), a Polícia Federal encaminhou ao STJD todo o material da investigação, incluindo documentos do Inquérito Policial nº 2024.0082027-CGRC/DICOR/PF. O auditor Maxwell Borges de Moura Vieira foi designado para conduzir o inquérito, com prazo de 15 dias, prorrogáveis por igual período, para apresentar o relatório conclusivo.
A abertura do processo se baseia no artigo 81 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O objetivo é apurar se houve infração disciplinar por parte do jogador rubro-negro, especialmente no que diz respeito à manipulação de resultados com foco no mercado de cartões.
Denúncia partiu da Unidade de Integridade da CBF
A investigação teve início após alerta da Unidade de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com base em relatórios da International Betting Integrity Association (IBIA) e da Sportradar, que monitoram irregularidades no mercado de apostas esportivas.
A apuração é conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Distrito Federal, em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Federal.