Nesse momento de intensa especulação, o Criciúma parece precisar urgentemente de um norte claro. Nomes como Marquinhos Gabriel e Jhonatan, por exemplo, sequer deveriam estar sendo cogitados para renovação após uma temporada marcada por atuações apagadas e recorrentes lesões. O torcedor, já calejado por uma queda dolorosa e por problemas internos que vieram como uma avalanche, exige mais do que nomes no elenco. Eles clamam por jogadores que personifiquem o lema: ALMA, GARRA E CORAÇÃO.
Marquinhos Gabriel: a camisa 10 pesa
Os números do meia impressionam apenas à primeira vista, mas contam uma história diferente quando analisados de perto. Em 2024, Marquinhos Gabriel disputou 43 jogos, sendo 26 como titular:
- 11 jogos na Série A
- 3 na Copa do Brasil
- 1 na Recopa Catarinense
- 11 no Catarinense
Em 17 partidas, entrou no decorrer do jogo, mas em 11 ficou no banco sem ser utilizado. Esses números levantam um ponto crucial: para carregar o peso da camisa 10 do Criciúma, é necessário ser o maestro do time, o protagonista — e não um nome recorrente no banco de reservas.
Não é apenas sobre ter uma temporada ruim, algo que pode acontecer. Marquinhos vem de duas temporadas apagadas, apesar de um início promissor em 2023, que se resumiu a dois jogos de destaque. A pergunta que fica: será que apenas isso justifica uma possível renovação?
Jhonatan: lesões e desempenho abaixo do esperado
Outro caso que chama atenção é o de Jhonatan. Segundo o site Transfermarkt, o jogador sofreu três lesões em 2024, acumulando um total de 73 dias fora de combate e perdendo 16 jogos:
- 30 dias (de 30/03 a 29/04) por inflamação no tendão.
- 22 dias (de 27/06 a 19/07) pela mesma inflamação no tendão.
- 41 dias (de 11/08 a 21/09) devido a uma lesão na panturrilha.
Mesmo quando esteve disponível, sua utilização foi limitada. Dos 31 jogos na temporada, apenas 8 foram como titular na Série A, e em apenas 8 partidas ele completou os 90 minutos. Com números tão inconsistentes, a pergunta é inevitável: vale a pena apostar no jogador?
A escolha do treinador: assertividade é crucial
Quanto ao comando técnico, o Criciúma precisa de uma escolha assertiva. É essencial trazer um treinador que compreenda a competição e dê espaço à base. Se tantos falam sobre o potencial dos jovens talentos, está na hora de colocá-los em campo. O futuro do clube passa pela base, por dar oportunidade à gurizada e observar quem está preparado para representar o Criciúma no Catarinense, Série B e Copa do Brasil.
Essa semana pode trazer definições importantes, mas o torcedor espera mais do que pressa: espera planejamento e uma visão clara de futuro.
A dura realidade: começamos atrasados
É uma verdade que dói, mas o Criciúma começa atrasado em relação aos outros clubes no Estadual. Se compararmos os elencos, atualmente o clube não conseguiria formar dois times para um simples rachão — e isso com o Catarinense batendo à porta. Como entrosar um time? Como passar o que significa ser Criciúma em tão pouco tempo?
Esse atraso pode ser prejudicial não só para o Estadual, mas também para a Série B. Se as contratações não renderem, o que será feito? Trocar tudo de novo? Contratar mais? Além de acertar na escolha do treinador, o Criciúma não pode errar nas contratações, algo que já ocorreu na última janela de transferências.
O futuro: aprendizado e luta
Apesar dos erros do passado, o momento é de olhar para frente e entender que 2025 pode ser uma temporada de transições e dificuldades. Mas uma coisa é certa: o torcedor estará presente. Mesmo calejado, ele carrega a paixão pelo clube no coração. Agora, cabe ao Criciúma corresponder à altura.
Vamos para 2025.